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The Crown (2016-2023)

Uma série que já nasceu clássica ao contar os bastidores do reinado de Elizabeth II.

Trailer da Série

“The Crown” é uma série dramática histórica da Netflix que explora a vida e o reinado da Rainha Elizabeth II do Reino Unido. Criada por Peter Morgan, a série estreou em 2016 e se tornou um dos programas mais aclamados da plataforma, destacando-se pela sua narrativa envolvente, produção luxuosa e performances impressionantes.

A narrativa de “The Crown” é construída em torno de eventos históricos significativos e um exame detalhado das complexidades da monarquia britânica. A série começa em 1947, com o casamento de Elizabeth com Philip Mountbatten e se estende por várias décadas, abordando momentos críticos como a crise do Canal de Suez, o escândalo Profumo, os conflitos matrimoniais de Charles e Diana, entre outros acontecimentos. A série não só ilumina eventos históricos, mas também foca nas dinâmicas pessoais e nos desafios enfrentados pela rainha enquanto tenta equilibrar os deveres de soberana com sua vida familiar.

Um dos aspectos mais notáveis de “The Crown” é a sua capacidade de humanizar personagens históricos. Elizabeth II, interpretada inicialmente por Claire Foy e depois por Olivia Colman e Imelda Staunton, é apresentada não apenas como uma figura de autoridade, mas como uma mulher que enfrenta pressões imensuráveis, tanto públicas quanto privadas. A série oferece um olhar íntimo sobre suas relações pessoais, incluindo a com seu marido Philip (Matt Smith e Tobias Menzies) e irmã Margaret (Vanessa Kirby e Helena Bonham Carter).

A série não se esquiva das controvérsias associadas à monarquia. Ela aborda questões de poder, política e identidade nacional com um olhar crítico, mostrando como a coroa britânica é, ao mesmo tempo, uma instituição venerada e contestada. Morgan e sua equipe de roteiristas frequentemente enfatizam as tensões entre tradição e modernidade, particularmente nas interações entre membros da realeza e líderes governamentais. Isso é exemplificado nas reuniões semanais entre a rainha e seus primeiros-ministros, cenas que trazem uma tensão dramática substancial ao destacarem as diferenças entre protocolo real e realidade política.

Emma Corrin como princesa Diana

O design de produção e a atenção meticulosa aos detalhes são outros pontos fortes de “The Crown”. Cada temporada é marcada por uma reconstrução cuidadosa das épocas que representa, desde os elaborados cenários dos palácios até os figurinos luxuosos usados pelo elenco. Essa precisão visual não só enriquece a narrativa, mas também oferece uma representação quase documental da história britânica.

Apesar do sucesso, “The Crown” não está isenta de críticas. Alguns críticos e historiadores argumentam que a série toma liberdades significativas com a história para fins dramáticos, uma crítica que Morgan reconheceu ao afirmar que se trata de uma interpretação artística, não de um documentário preciso. Além disso, algumas figuras reais, como a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, são retratadas de maneiras que geraram debates sobre a justiça histórica dessas representações.

Em termos de desempenho e popularidade, “The Crown” tem sido um fenômeno global, conquistando uma ampla audiência e recebendo inúmeros prêmios, incluindo Globos de Ouro e Emmys. O impacto cultural da série se estende além do entretenimento, estimulando debates sobre a relevância e futuro da monarquia em um mundo moderno.

Josh O’Connor como príncipe Charles

Por que assistir?

“The Crown” apresenta um estudo fascinante e complexo do poder e das responsabilidades que acompanham a liderança, encapsulando com habilidade os dramas privados de figuras públicas. Com performances impressionantes, narrativa rica e visual deslumbrante, a série superou as expectativas para se tornar não apenas um sucesso de crítica, mas um marco na televisão moderna, redesenhando a percepção pública da monarquia britânica para as novas gerações.

Curiosidades:

  1. Orçamento Ambicioso: Na época de sua produção inicial, “The Crown” foi uma das séries mais caras já feitas, com um orçamento de cerca de £100 milhões para as duas primeiras temporadas.
  2. Precisão Histórica: A produção é conhecida por seu compromisso com a precisão histórica. Consultores e historiadores são frequentemente consultados para garantir que os eventos retratados sejam autênticos.
  3. Mudanças de Elenco: A série é estruturada de forma a mudar o elenco principal a cada duas temporadas para refletir o envelhecimento dos personagens. Claire Foy interpretou a Rainha Elizabeth II nas duas primeiras temporadas, Olivia Colman nas temporadas três e quatro, sendo sucedidas por Imelda Staunton.
  4. Filmagens em Locais Autênticos: Muitas cenas são filmadas em locais reais ou réplicas meticulosas, incluindo alguns dos palácios e residências notáveis da família real britânica.
  5. Prêmios e Reconhecimentos: “The Crown” recebeu aclamação da crítica e diversos prêmios, incluindo Globos de Ouro e Primetime Emmy Awards, que destacaram suas atuações, direção e produção.
  6. Impacto Cultural: A série gerou discussões sobre a monarquia britânica e seu papel na sociedade moderna, além de reacender o interesse do público por eventos históricos menos conhecidos.
John Lithgow como Wiston Churchil

Sobre o autor:

Peter o criador e roteirista principal de “The Crown”. Ele é um renomado dramaturgo e roteirista britânico, conhecido por seu trabalho focado em histórias baseadas em figuras e eventos históricos. Morgan nasceu em 10 de abril de 1963, em Londres, e tem uma longa carreira explorando os bastidores da elite política e realeza.

Antes de “The Crown”, Morgan ganhou reconhecimento internacional por seu trabalho em várias produções de alto perfil. Um de seus maiores sucessos foi o filme “The Queen” (2006), pelo qual ele foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Este filme examina os eventos complicados na monarquia britânica após a morte da Princesa Diana, um tema que ele continuaria a explorar em “The Crown”.

Além de “The Queen”, Morgan escreveu a peça “Frost/Nixon”, que posteriormente foi adaptada em um filme aclamado, onde ele também foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A obra explora as entrevistas entre o apresentador de televisão David Frost e o ex-presidente dos EUA Richard Nixon, oferecendo uma visão perspicaz sobre o poder e a responsabilidade.

O autor da série Peter Morgan

O interesse de Morgan por figuras históricas e eventos políticos é uma característica definidora de seu trabalho. Ele tem a habilidade de criar narrativas envolventes que equilibram a precisão histórica com o drama humano. Em “The Crown”, ele usa essa habilidade para tecer uma narrativa convincente sobre os desafios enfrentados pela rainha Elizabeth II e outros membros da monarquia britânica.

Através de seu trabalho, Morgan tem sido elogiado por sua capacidade de oferecer novas perspectivas sobre eventos bem conhecidos, humanizando personagens históricos e explorando as complexidades de suas vidas pessoais e papéis públicos. Sua habilidade de dramatizar eventos reais com um olhar crítico e dramático permite que ele não apenas conte histórias cativantes, mas também ofereça comentários sociais e políticos relevantes.

Ao longo de sua carreira, Peter Morgan estabeleceu-se como uma figura influente no cinema e na televisão, conhecido por seu compromisso com a narrativa de qualidade e sua profunda compreensão das forças que moldam nosso mundo. Seu trabalho em “The Crown” sintetiza essas habilidades de maneira magistral, garantindo-lhe um lugar destacado no cenário da dramaturgia contemporânea.

Onde assitir: Netlfix

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