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O mágico de Oz (1939)

Seguindo a estrada de tijolos amarelos ou em algum lugar depois do arco-íris você encontrará o que te falta.

Trailer

Baseado no livro homônimo de L. Frank Baum, esse musical conta a história de Dorothy (Judy Garland), que é uma garotinha apegada ao seu cachorro Toto (Terry). Ela mora com sua tia Em (Clara Blandick) e seu tio Henry (Charles Grapewin) em uma propriedade rural no interior do Kansas. Nessa propriedade trabalham também Hunk (Ray Bolger), Zeke (Bert Lahr) e Hickory (Jack Haley), que são muito simpáticos à Dorothy.

Sua vizinha Almira Gulch (Margaret Hamilton) implica com Dorothy por causa do seu cachorro Toto, que havia mordido-a. Com isso, Almira exige que Toto seja apreendido pelo xerife da cidade, pois segundo a lei do estado ela teria direito a isso. Toto então é levado por Almira,o que entristece profundamente Dorothy. Porém, Toto consegue escapar e retorna a casa de Dorothy através da janela de seu quarto.

Diante disso, Dorothy decide fugir de casa visando proteger seu cachorrinho. Andando sem rumo pelo interior ela encontra um charlatão que se diz vidente, chamado Professor Marvel (Frank Morgan), que usa sua arte de vidência para aconselhar Dorothy a voltar para casa, pois sua tia está muito triste com sua partida. Ao tentar retornar para casa um tornado chega onde ela mora, ela então se abriga em uma casa de fazenda e é levada pelo tornado a um lugar colorido.

Curiosidades:

  1. Transição de Tecnologias de Filmagem: O filme é notável por seu uso pioneiro de Technicolor. A transição do mundo sépia do Kansas para o vibrante mundo colorido de Oz foi uma inovação na época e deixou uma marca duradoura na história do cinema.
  2. Escolha de Elenco e Trocas: Judy Garland, que interpretou Dorothy, foi uma escolha de elenco icônica, mas o papel quase foi interpretado por Shirley Temple. Além disso, o ator Buddy Ebsen foi originalmente escalado como o Homem de Lata, mas teve que deixar a produção devido a uma reação alérgica à maquiagem de alumínio.
  3. Sapatos Mágicos: No livro original de L. Frank Baum, os sapatos mágicos de Dorothy eram prateados. Para aproveitar melhor o Technicolor, eles foram trocados por sapatos de rubi no filme.
  4. Desafios na Produção: A produção enfrentou vários desafios, incluindo trocas frequentes de diretores e vários problemas com a segurança e saúde no set, principalmente envolvendo as maquiagens e efeitos especiais da época.
  5. A Música “Over the Rainbow”: Esta canção se tornou uma das músicas mais icônicas do filme, ganhando o Oscar de Melhor Canção Original. Inicialmente, quase foi cortada do filme porque os produtores achavam que ela retardava o início da história.
  6. Legado Duradouro: Apesar de não ter sido um sucesso financeiro imediato, o filme ganhou popularidade ao longo dos anos, especialmente com a transmissão televisiva nas décadas seguintes, se tornando um dos filmes mais amados de todos os tempos.

Polêmicas:

“O mágico de Oz” é um filme envolto em mitos e histórias curiosas, algumas das quais são mais sombrias ou intrigantes. Aqui estão alguns dos chamados “segredos obscuros” frequentemente associados ao filme:

  1. Condições de Trabalho Extremas: As filmagens do filme não foram fáceis para muitos do elenco e da equipe técnica. Judy Garland, em particular, tinha apenas 16 anos durante as filmagens e foi sujeita a um regime rigoroso de dieta e uso de substâncias, como analgésicos, para manter sua energia.
  2. Problemas com Maquiagem e Figurino: Vários atores enfrentaram riscos à saúde devido aos trajes e maquiagens. O ator Buddy Ebsen, originalmente escalado como o Homem de Lata, teve uma reação alérgica severa ao pó de alumínio na maquiagem, levando-o a ser substituído. O Leão Covarde, interpretado por Bert Lahr, usava um traje de leão real, que era extremamente quente e desconfortável.
  3. Incidente de Fogo: Margaret Hamilton, que interpretou a Bruxa Má do Oeste, sofreu queimaduras durante uma cena em que a personagem desaparece em uma nuvem de fumaça e fogo. A sequência pirotécnica falhou, causando ferimentos na atriz.
  4. Rumores de Eventos Trágicos: Um dos rumores mais persistentes e sombrios é o mito de que um membro da equipe (às vezes relatado como um dos munchkins) teria cometido suicídio no set. No entanto, essa lenda urbana foi desmentida por historiadores do cinema e não há evidências factuais que apoiem essa história.
  5. Tratamento do Elenco de Anões: Os atores contratados para interpretar os munchkins, muitos dos quais eram anões, foram relatados como enfrentando desafios desconfortáveis em termos de acomodação e remuneração durante a produção.

Esses elementos proporcionam uma visão sobre os desafios e dificuldades enfrentados durante a produção de “O Mágico de Oz”, destacando como as condições de trabalho no cinema da época podem ser muito distintas das de hoje.

Sobre o diretor:

O filme “O Mágico de Oz” de 1939 teve uma produção bastante complicada, o que incluiu a mudança de diretores ao longo do processo. Inicialmente, Richard Thorpe foi designado como diretor, mas ele foi substituído após algumas semanas de filmagem. O diretor mais associado ao filme é Victor Fleming, que assumiu a direção após a saída de Thorpe e conduziu o maior segmento das filmagens.

Victor Fleming era um respeitado cineasta da época e também é famoso por ter dirigido “E o Vento Levou” no mesmo ano, um dos maiores clássicos do cinema. No entanto, durante a produção de “O Mágico de Oz”, Fleming saiu antes da conclusão para se dedicar a “E o Vento Levou”, e King Vidor entrou para terminar as cenas restantes, incluindo a icônica sequência em preto e branco no Kansas.

A direção de “O Mágico de Oz” reflete a visão colaborativa de vários diretores, mas Victor Fleming é geralmente creditado como o diretor principal, devido ao seu papel significativo em moldar o filme como o conhecemos hoje.

Victor Fleming

Onde assistir: HBO Max e Belas Artes

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