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O melhor do entretenimento artísitico já criado pelo ser humano em: livros, filmes, músicas e séries.
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Uma série que já nasceu clássica ao contar os bastidores do reinado de Elizabeth II.
“The Crown” é uma série dramática histórica da Netflix que explora a vida e o reinado da Rainha Elizabeth II do Reino Unido. Criada por Peter Morgan, a série estreou em 2016 e se tornou um dos programas mais aclamados da plataforma, destacando-se pela sua narrativa envolvente, produção luxuosa e performances impressionantes.
A narrativa de “The Crown” é construída em torno de eventos históricos significativos e um exame detalhado das complexidades da monarquia britânica. A série começa em 1947, com o casamento de Elizabeth com Philip Mountbatten e se estende por várias décadas, abordando momentos críticos como a crise do Canal de Suez, o escândalo Profumo, os conflitos matrimoniais de Charles e Diana, entre outros acontecimentos. A série não só ilumina eventos históricos, mas também foca nas dinâmicas pessoais e nos desafios enfrentados pela rainha enquanto tenta equilibrar os deveres de soberana com sua vida familiar.
Um dos aspectos mais notáveis de “The Crown” é a sua capacidade de humanizar personagens históricos. Elizabeth II, interpretada inicialmente por Claire Foy e depois por Olivia Colman e Imelda Staunton, é apresentada não apenas como uma figura de autoridade, mas como uma mulher que enfrenta pressões imensuráveis, tanto públicas quanto privadas. A série oferece um olhar íntimo sobre suas relações pessoais, incluindo a com seu marido Philip (Matt Smith e Tobias Menzies) e irmã Margaret (Vanessa Kirby e Helena Bonham Carter).
A série não se esquiva das controvérsias associadas à monarquia. Ela aborda questões de poder, política e identidade nacional com um olhar crítico, mostrando como a coroa britânica é, ao mesmo tempo, uma instituição venerada e contestada. Morgan e sua equipe de roteiristas frequentemente enfatizam as tensões entre tradição e modernidade, particularmente nas interações entre membros da realeza e líderes governamentais. Isso é exemplificado nas reuniões semanais entre a rainha e seus primeiros-ministros, cenas que trazem uma tensão dramática substancial ao destacarem as diferenças entre protocolo real e realidade política.
O design de produção e a atenção meticulosa aos detalhes são outros pontos fortes de “The Crown”. Cada temporada é marcada por uma reconstrução cuidadosa das épocas que representa, desde os elaborados cenários dos palácios até os figurinos luxuosos usados pelo elenco. Essa precisão visual não só enriquece a narrativa, mas também oferece uma representação quase documental da história britânica.
Apesar do sucesso, “The Crown” não está isenta de críticas. Alguns críticos e historiadores argumentam que a série toma liberdades significativas com a história para fins dramáticos, uma crítica que Morgan reconheceu ao afirmar que se trata de uma interpretação artística, não de um documentário preciso. Além disso, algumas figuras reais, como a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, são retratadas de maneiras que geraram debates sobre a justiça histórica dessas representações.
Em termos de desempenho e popularidade, “The Crown” tem sido um fenômeno global, conquistando uma ampla audiência e recebendo inúmeros prêmios, incluindo Globos de Ouro e Emmys. O impacto cultural da série se estende além do entretenimento, estimulando debates sobre a relevância e futuro da monarquia em um mundo moderno.
Por que assistir?
“The Crown” apresenta um estudo fascinante e complexo do poder e das responsabilidades que acompanham a liderança, encapsulando com habilidade os dramas privados de figuras públicas. Com performances impressionantes, narrativa rica e visual deslumbrante, a série superou as expectativas para se tornar não apenas um sucesso de crítica, mas um marco na televisão moderna, redesenhando a percepção pública da monarquia britânica para as novas gerações.
Curiosidades:
Sobre o autor:
Peter o criador e roteirista principal de “The Crown”. Ele é um renomado dramaturgo e roteirista britânico, conhecido por seu trabalho focado em histórias baseadas em figuras e eventos históricos. Morgan nasceu em 10 de abril de 1963, em Londres, e tem uma longa carreira explorando os bastidores da elite política e realeza.
Antes de “The Crown”, Morgan ganhou reconhecimento internacional por seu trabalho em várias produções de alto perfil. Um de seus maiores sucessos foi o filme “The Queen” (2006), pelo qual ele foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Este filme examina os eventos complicados na monarquia britânica após a morte da Princesa Diana, um tema que ele continuaria a explorar em “The Crown”.
Além de “The Queen”, Morgan escreveu a peça “Frost/Nixon”, que posteriormente foi adaptada em um filme aclamado, onde ele também foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A obra explora as entrevistas entre o apresentador de televisão David Frost e o ex-presidente dos EUA Richard Nixon, oferecendo uma visão perspicaz sobre o poder e a responsabilidade.
O interesse de Morgan por figuras históricas e eventos políticos é uma característica definidora de seu trabalho. Ele tem a habilidade de criar narrativas envolventes que equilibram a precisão histórica com o drama humano. Em “The Crown”, ele usa essa habilidade para tecer uma narrativa convincente sobre os desafios enfrentados pela rainha Elizabeth II e outros membros da monarquia britânica.
Através de seu trabalho, Morgan tem sido elogiado por sua capacidade de oferecer novas perspectivas sobre eventos bem conhecidos, humanizando personagens históricos e explorando as complexidades de suas vidas pessoais e papéis públicos. Sua habilidade de dramatizar eventos reais com um olhar crítico e dramático permite que ele não apenas conte histórias cativantes, mas também ofereça comentários sociais e políticos relevantes.
Ao longo de sua carreira, Peter Morgan estabeleceu-se como uma figura influente no cinema e na televisão, conhecido por seu compromisso com a narrativa de qualidade e sua profunda compreensão das forças que moldam nosso mundo. Seu trabalho em “The Crown” sintetiza essas habilidades de maneira magistral, garantindo-lhe um lugar destacado no cenário da dramaturgia contemporânea.
Onde assitir: Netlfix